As férias estão chegando? E aí? Já sabe pra onde ir? Antes de definir o destino é preciso planejar o roteiro e se informar do local que será visitado. Quero te fazer uma proposta "das good"! Serei seu consultor de viagem para que não entre em uma roubada e nem pague mico daqui pra frente. Vamos dar dicas importantes para você levar na bagagem e ter uma boa viagem!

quinta-feira, 19 de maio de 2011

De cara com o belo!




Florença (ou Firenze) não é aconselhável para apressados. Para aqueles turistas estressados, que querem ver tudo num só dia. Que têm um olho numa obra-prima da Renascença, outro, nervoso, no relógio. Não é para pessoas que não sabem relaxar, que madrugam, que querem aproveitar o máximo no menor tempo possível, porque estão ‘viajando em euros’ e não querem perder nada.




Pois, visitar Florença significa entrega. É dedicar todo tempo ao prazer da contemplação. É sentir o cheiro de cravo, de orvalho e grama nas manhãs ensolaradas da região da Toscana. É andar pelas ruas com o objetivo de estar descompromissado com a vida. É parar para olhar as obras de artes, rir dos comentários dos turistas, se admirar com os sorrisos das crianças e se permitir tomar um sorvete no final do dia. Isto sim, é um modo correto de conhecer Florença. Caminhar pelas ruas de Florença é ter uma deliciosa aula de história a cada passo. A gente tropeça em arte em cada beco, em cada rua, em cada praça. Conhecida como berço do Renascimento italiano, traz em cada esquina, e em praticamente todos os museus, contribuições de nomes lendários como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Dante Alighieri e Nicolau Maquiavel . Um dos grandes prazeres é caminhar pela beira do Arno, olhar suas águas revoltas, cruzar suas pontes, tomar um capuccino excelente perto da Ponte Vecchio, retomar o passeio, atravessar a Ponte Santa Trinità, projeto de Michelangelo, bombardeada pelos alemães na Segunda Guerra Mundial. Uma observação: para reconstruir a ponte, os florentinos usaram a técnica, o material e instrumentos iguais aos usados há 500 anos. São esses detalhes que fazemcomque os turistas se apaixonem por Florença e pelo espírito florentino.




TAQUICARDIA  DO BELO




Para quem vê o amor como uma forma de arte, Florença, epicentro da cultura renascentista e
também uma das cidades mais bonitas de Itália, é o destino certo. Na capital fiorentina é fácil ficar apaixonado pelas cores quentes das fachadas, pela imensidão do Duomo, pelo sabor dos
sorvetes, pelo esplendor dos palácios ou pela beleza mítica dos
quadros de Botticelli expostos na Galleria degli Uffizi.
            Diante de tanta beleza as reações são asmais inusitadas. Há registros de desmaios e de pessoas
com crise de hipertensão. Outras começam a chorar e várias outras
entram em estado de euforia. No início deste ano, noticiou-se que uma brasileira passou mal ao se
deparar como quadro Nascimento de Vênus, de Botticelli, na galeria Uffizi. No ano passado, alguns
turistas foram parar no hospital de Florença depois de visitar a estátua de Davi, na Galeria della Accademia. Há registros de turistas que desmaiaram dentro do Duomo.
Talvez por tudo isso é dito que em Florença corre-se o risco de contrair a síndrome de Stendhal, ou
seja, de ser contagiado pela doença crônica da beleza.







               Conta a história que, em1817, um jovem francês chamado Marie-Henri Beyle, mais conhecido
como o novelista Stendhal, estava visitando Florença, e, ao entrar na Igreja de Santa Croce (a catedral
onde os restos de Maquiavel, Michelângelo, e Galileu estão enterrados), foi tomado de estranha
combinação de sintomas e emoções, inclusive palpitaçõesetonturas. Ele ficou tão extasiado com a
beleza que adoeceu seriamente. Desde então, os desmaios perante o belo foram diagnosticados com o nome de Síndrome de Stendhal.
            Na à Itália, o turista se emociona com o que vê e toca. Se em Florença as beleza se mostram
nas obras de artes espalhadas por toda a cidade, Veneza, tema da próxima matéria da série
Itália Romântica do caderno Turismo, mostra que o deslumbramento dos turistas ao se deparar
com as gôndolas, com os canais e com os palácios é motivo de suspiros e taquicardia.





A melhor época para ir a Florença no outono europeu. Além dos preços menores, de baixa estação, você pode visitar museus, galerias e igrejas tranqüilamente, sem enfrentar muitas horas de fila. Na primavera, essa espera pode chegar a cinco, seis horas, se você quiser conhecer as obras-primas da Galeria Uffizi ou visitar a Galleria dell’Accademia, onde, além do David, estão as esculturas de Michelangelo que mais impressionam: Os quatro prisioneiros, escravos fazendo esforço para se libertar do mármore em estado bruto.




Do alto da praça de Michelangelo se avista toda a cidade de Florença. Ao centro tem três construções que podem ser consideradas como símbolos da cidade: o Duomo de Santa Maria del Fiore, o Campanario e o Batisterio, criações do genial arquiteto Brunelleschi.
A igreja revestida com mármore verde, rosa e branco, conhecida como Duomo, e que levou quase dois séculos para ser construída, é a principal e mais famosa construção da cidade, além de ser a quarta maior catedral do mundo em tamanho. Em seu interior estão obras-primas de grandes gênios da arte renascentista, como Zuccari, Donatello, Uccello e Ghiberti A Praça Della Signora é cheia de arte e de história. É ali que está
localizado o Palácio Vecchio, onde moravam os Médici no século 6. Atualmente, o palácio é a sede
do governo de Florença e também museu aberto à visitação. As esculturas renascentistas expostas na rua embelezam ainda mais a praça. Florença é assim; são tantas as suas obras de arte, que seus museus não os comportam mais e por isso acabam decorando as ruas.





            Em direção ao Rio Arno, o turista se diverte passando por uma rua cheia de estátuas de personalidades que viveram em  Florença e marcaram a cidade de alguma forma. Artistas, cientistas, pensadores. Entre eles, Leonardo da Vinci, Michelangelo, Dante, Maquiavel, Galileu. Dá para sentir o peso que a cidade já teve.
                       Hoje, os artistas de rua alegram os turistas, posando de imperadores com trajes romanos. Se a Praça Della Signora e os vários museus de Florença exprimem a efervescência artística de séculos atrás, é na Ponte Vecchio que você entra de fato nos ares dessa cidade italiana. Um de seus cartões-postais, a adorável ponte tem uma construção diferente. É cheia de lojinhas coloridas e tem uma linda vista das margens do rio Arno, que corta a cidade. Do outro lado, logo na saída do centro, encontra-se uma cidade silenciosa, com pouco comércio, prédios baixos, antigos, em tons amarelados e ruas estreitas.            
                 Depois de uma boa caminhada você chega ao Pitti, uma construção imensa, megalomania de um banqueiro milionário da época que queria construir um palácio que fosse maior que o dos Medici. Construiu!… mas faliu. O palácio Pitti abriga hoje o Museu da Porcelana, o Museu da Prata, a Galeria Palatina, oMuseu do Vestuário, oMuseu de ArteModerna e os jardins Boboli.
           E para se despedir das atrações de Florença, uma passagem pela Igreja de Santa Clara, onde
estão os túmulos de Leonardo da Vinci, Michelangelo, Maquiavel, Galileu e Rossini. Antes de
sair da igreja faça um pedido a eles: que em breve você retorne à bela Florença.



Um comentário:

  1. Oi Altman, que delícia de blog, vou acompanhar tudo de perto, cada post, cada viagem, cada foto maravilhosa! Lembra (aquele dia no Bolão e depois na sua loja) que eu te falei que também tinha um blog? A ideia é a mais ou menos a mesma: são crônicas de viagem, formas bem pessoais de ver os lugares por que passei. Depois vc passa por lá: muitoalemdaviagem.wordpress.com
    Beijos,
    Luísa Rennó

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