As férias estão chegando? E aí? Já sabe pra onde ir? Antes de definir o destino é preciso planejar o roteiro e se informar do local que será visitado. Quero te fazer uma proposta "das good"! Serei seu consultor de viagem para que não entre em uma roubada e nem pague mico daqui pra frente. Vamos dar dicas importantes para você levar na bagagem e ter uma boa viagem!

terça-feira, 31 de maio de 2011

No templo dos deuses








Sobre o espaldar da porta pode se ler: “Nós ossos que aqui estamos, pelos
vossos esperamos”. A primeira vista parece assustador, mas ao entrar na
capela dos Ossos, localizada dentro da Igreja de São Francisco, em Évora
a gente percebe que as paredes e parte das abóbadas da capela estão
revestidas de milhares de ossos humanos, que ilustram a idéia dos monges
fundadores. A capela foi construída nos séculos XVI e XVII, no lugar do
primitivo dormitório dos frades. A sua construção partiu da iniciativa de três
frades franciscanos que queriam proporcionar uma melhor reflexão acerca da
brevidade da vida humana. A capela é constituída por ossadas provenientes
das sepulturas da igreja do convento e de outras igrejas e cemitérios da cidade.
Muito além do mar, na região do Alentejo, famosa por sua agricultura, suas
vinheiras e suas música , a capela do ossos é somente uma das várias
atrações da cidade, considerada por muitos como uma das mais belas do
mundo. A 130 km de Lisboa, Évora se encontra na região do Alentejo. A
cidade murada foi tombada pelo patrimônio Histórico da UNESCO, em 1986
pelo seu acervo cultural. A cidade conserva monumentos remetidos a época
dos domínios do Império Romano, em Portugal.






Ao fazer um passeio de carruagem pela cidade nos deparamos com o Templo de Diana, monumento único em Portugal. A deusa da caça foi reverenciada a milênios por um povo
que respeitavam seus deuses. As pilastras romanas despontam no céu azul
da cidade que costuma ser umas das mais quentes, no verão português. O
calor acima dos quarenta graus te convida a refrescar em uma fonte da Praça
de Giraldo, centro da cidade, bem em frente a Igreja de Santo Antão. Ou
se preferir, refrescar debaixo de uma árvore em frente a Catedral de Santa
Maria, enquanto você fica a contemplar a construção gótica, do século 13. A
entrada principal está decorada com esculturas representado os apóstolos.
Já o interior data do século 17 e 18, inclui o Museu de Arte Sacra. Merecem,
destaque neste museu a ''Adoração dos Magos'' pintada por Francisco
Campos, e uma imagem de S. Ana, a Virgem e o Menino.


domingo, 22 de maio de 2011

São Paulo plural















Sampa é a aquela cidade onde cabe todo mundo. Onde cabe cada um. Uma cidade irresistível. Friorenta, confusa e agitada. Delirante e envolvente. Uma cidade provocativa e extasiante. Moderna em todos os sentidos. Na arquitetura e nas artes. Com uma gastronomia refinada. Uma cidade que respira o design 24 horas. Tudo nela remete ao novo olhar. Uma que dita tendências e dialoga com os objetos. Na semana passada São Paulo se transformou na capital do design do Brasil. Várias feiras de decoração, utlilidades domésticas e mobiliário atraíram consumidores nacionais e estrangeiros. Todo mundo ávido por novidades. Na Craft Design, na rua Luiz Coelho, paralela a avenida Paulistas o melhor do design hand made foi apresentado aos lojistas afoitos. E aí o clima pegou fogo. Muita criatividade e disposição em produzir algo diferente com materiais reciclados e ecológicos.















Mas o calor estava mesmo de matar. Este foi assunto da semana sem dúvida! Se o Brasil virou um grande caldeirão depois do carnaval. Não ia ser diferente em São Paulo, ex-terra da garoa. Não faltou gente pra reclamar do bafo quente. O sorvete era disputado a tapas. Uma sombra desejada ainda mais que o sorvete. Sinal de chuva que não de longe. Vento, brisa, ar fresco...nada! Só um calor de derreter os miolos. O pior do calor delirante acima dos 37 graus foi ver Homens de ternos que cruzavam a avenida Paulista. Eles, no fundo, queriam mesmo era cruzar uma praia. Sem roupa, claro! Só de sunga e nada mais. E a mulherada aproveitou para mostrar os corpos escondidos ao longo do ano. Shorts e bermudas. Camisetas e tops. Elas, desfilavam frescas. Que delícia! Ouvia-se as beldades ao cruzar com os marmanjos babentos.
São Paulo surpreende em cada esquina. Uma cidade mutante em constante transformação. E quando se fala em Design sabe-se que é nela onde as coisas acontecem e aparecem. E graças mais ainda ao jeito do paulistano de saber enchergar e divulgar tudo o que é de bom. De bom gosto para o resto do país.











Por dentro dos muros







Óbidos





            Saindo de Lisboa rumo ao norte, com intenção de conhecer a cidade do Porto,
o turista que pega a auto-pista A1 de longe ele avista um castelo medieval.
Imperdoável é não parar!
             Antes mesmo de entrar no castelo, já do lado de fora da grande muralha
a gente sente o cheiro de alecrim no ar. Um vendaval de odores predomina
a cena e a gente ao entrar pela porta de madeira gigantesca e, ao ver as
paredes das casas caiadas de branco, já sabe que aquele lugar é mágico.
Estou de falando de Óbidos. A 95 km de Lisboa a cidade já foi paragem de
descanso para a família real portuguesa e já recebeu em suas ruas tortuosas e
hospitaleiras a presença de Dom Pedro II, em suas viagens à Portugal.
Uma das mais bem preservadas vilas amuralhadas de Portugal, Óbidos é
ponto de parada obrigatória para quaisquer viagens em território lusitano.
As paredes de pedras , as muralhas que circundam a cidade e o Castelo de
Óbidos, tem um charme todo especial e te faz um convite ao romantismo.

È muito comum conhecer a cidade pelas muralhas. Lá do alto casais
apaixonados tem aquela sensação que o tempo parou. Se avista os telhados
e as construções que de longe te faz acreditar que a gente voltou 1000 anos
no tempo. O vento que sopra sobre da região de Leira tem um adocicado
de canela e cravo no ar. Os cheiros se misturam. Pois, em óbidos é comum
encontrar nas jardineiras das varandas dezenas de ervas usadas em chás,
molhos e pratos típicos da região.

Na primavera e no verão a cidade se enche de cor e música. Uma onda
colorida de buganviles se espalham pelos muros. Eles descem pelas paredes
e cobrem as ruelas com suas flores que desprendem dos galhos por causas
da brisa. Como num bailar rodopiante no ar é um espetáculo para aqueles que
admiram a comunhão perfeita entre natureza e história. Nesse lugar a gente
não acha que Deus existe. A gente tem certeza. Ainda mais quando nos finais
de tarde por detrás do Castelo, um multidão começa a chegar a espera do
grande Festival de Ópera. Mozart, Vivaldi e Verdi passam por lá como estrelas
cadentes enquanto, nós mortais, sorvermos suas obras em noite quentes de
luar.








Óbidos é uma cidade para se conhecer com despreocupação de tempo. Tem
que perder tempo para aguçar os sentidos. Ganha-se muito. Alguns dias, ou
mesmo, algumas horas na cidade você libera os sentidos. Você passa a ter
o prazer sem palavras do gosto dos sorvetes de creme nas tardes quentes.
Sente-se o cheiro de chão orvalhado pelas manhãs, sente o toque de flores
do campo encrustadas nos muros de pedra. Se envolve em perfumes secretos
e se embriaguia em suas lembranças. Se encanta com o lusco-fusco que
encobre a muralha e se arrepia com a o som das andorinhas e das maritacas
em contraste com uma ária de Aída de Verdi.
Descubra o prazer em forma de bem estar ao conhecer esta pequena
vila tão perto de Lisboa. O único problema, para nós brasileiros é que ela
deixa saudade. A palavra única da língua portuguesa é sentida quando nos
despedimos de Óbidos e deixamos para trás as palavras de Camões :




Quem traz à saudade a alma rendida,

a saudade busca, onde descansa,

mas o descanso dela encurta a vida.

Contudo, quem do Céu na terra alcança

poder gozar-se desta liberdade,

que mais deseja ter? Que mais o cansa?

Afirmo-te de mi esta verdade

que muitos vales vi, muitas ribeiras;

mas esta me dobrou a saudade.


sábado, 21 de maio de 2011

Portugal e seus encantos

Atenção senhores passageiros:
Faremos agora o embarque para Portugal. Uma viagem de reencontro com as nossas origens. Esta vai ser uma viagem com várias paradas.Vamos começar pelos segredos de Lisboa com seus monumentos, seus bairros e aprofundar na culinária e na cultura desta cidade encantadora. Depois, sairemos de Lisboa rumo a Óbidos, uma cidade feudal que tem cheiro de alecrim. Mas prefiro guardar segredo para os próximos destinos. Coloquem o cinto de segurança e façam uma boa viagem!







“Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!
Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas nele é que espelhou o céu.”


Este poema de Fernando Pessoa, o Mar Português, não sai da memória. Ainda
mais quando se atravessa o Atlântico rumo a Europa. Depois de horas de vôo
atravessando mar, verde, azul e de novo verde mar, a gente ouve a aeromoça
anunciar: “senhoras e senhores dentro de poucos minutos estaremos
chegando no aeroporto de Lisboa. Por favor afivelem os seus cintos...tudo dito
em bom português. Como é bom ouvir a nossa língua ao chegar em um país
estrangeiro. Como é bom saber que chegamos na cidade de Fernando Pessoa.
Um poeta que nos inspira a acreditar que tudo na vida vale a pena, desde a
alma não seja pequena. Mesmo sabendo que ele, poeta maior, nunca gostou
de viajar, só viajou em seus poemas, de onde desvendou paraísos terrenos
e nos encantou ao nos mostrar o seu país, Portugal, tão belo ,e que de tão
amado nos incentiva a viajar para conhecê-lo e desvendá-lo.




Depois de 507anos de descobrimento do Brasil pelos portugueses
chegou a hora de fazer o caminho de volta. Se a colonização foi marcada
pelos interesses em nossas riquezas minerais, hoje, o brasileiro que visita
Portugal, de norte a sul deixa milhões de euros na país. E quando volta para
casa traz a mala cheia de imagens e, na memória, lembranças de uma viagem
inesquecível.
Portugal não é mais o mesmo de 20 anos atrás. O pais se modernizou
ao entrar para a Comunidade Européia em 1986. Um boom tecnológico e
estrutural para atender os critérios da CEE fez com que o país virasse um
canteiro de obras. Novas rodovias, mais largas, como as autopistas cortam
hoje o pais de fora a fora. Uma modernização que chamou mais ainda a
atenção para o turismo do pais. A cada a ano a procura por Portugal vem
aumentando entre os Brasileiros .Os motivos são vários: primeiro , o turismo
religioso em um país onde mais de 90 % da população é de católicos, onde
turistas do mundo inteiro vão conhecer a cidade de Fátima para agradecer
e pedir graças a Virgem Maria. Segundo, a facilidade da língua, terceiro a
nossa própria história, e aí segue pela arquitetura muito conhecida no Brasil
e chega na culinária excepcional do país lusitano. Faremos uma viagem ao
prazer. Onde em cada paragem descobriremos algo que nos alimenta a alma
de sabedoria, de felicidade e contato com o Divino.





Lisboa,

O que te encanta ao chegar em Lisboa é ver lá do alto o rio Tejo todo
majestoso como se fosse um mar. Antes do avião aterrisar no aeroporto de
Lisboa a gente tem a sensação de que o piloto, munido da função de nosso
cicerone nos apresenta um pequena Lisboa vista do alto. Abaixo das nuvens
de uma tarde de primavera a gente avista uma cidade sobre morros, uma
arquitetura que nos lembra muito as nossas cidades históricas, lá de cima os
telhados vermelhos despontam sobre as paredes brancas e amareladas das
casas.Bem na nossa frente surgem as pontes 25 de Abril , toda em ferro em
seu vermelho intenso como a Goldem Gate de Los Angeles e ao fundo uma
das mais revolucionárias inovações arquitetônica do país, a ponte Vasco da
Gama , construída em 1998 para a Feira ECO 98. As duas atravessam sobre o
rio com uma forma de costurar uma margem a outra.

Andar por Lisboa é a certeza que voltamos as nossas raízes. Andar a pé
pelas ruas estreitas temos a sensação que de repente daremos de cara com
Fernando Pessoa, Eça de Queiroz ou Luis de Camões ou Saramago. Ou como
se de uma hora para outra ouvimos a voz de Amália Rodriguez, a grande diva
da música portuguesa passeia pelas ladeiras do bairro de São Bento até hoje -
“Eu nasci numa cidade que em verso
Escreveu alguém, que foi berço
Dos caminhantes do mar
Ah, vivi entre pardais e andorinhas
E gaivotas ribeirinhas
Que andam no céu a cantar!

Ai, Lisboa
Terra bem nobre e leal
Tu és o castelo da proa
Da velha nau Portugal
Ai, Lisboa
Cheiram a sal os teus ares
Deus pôs-te as ondas aos pés
Porque és tu a rainha dos mares!”





Em cada esquina, em cada praça ou café a voz dela é ouvida como um hino
de louvor a uma cidade que cresce a cada ano sem perder a magia do seu
passado. Passado este que nos aventuramos a conhecer ao entrar nos bondes. Neles
avistamos uma cidade de contrates. O novo e o antigo lado a lado. É um
sacolejar rumo a uma cultura, que em parte, nós brasileiros fazemos parte.
Trazemos em nosso material genético muitas das lembranças de toda a
história desta cidade marcada por guerras, invasões bárbaras e desastres da
natureza. Um avistar de lembranças contidas na arquitetura, nas sacadas das
casas, nos azulejos, nas ruas estreitas e no brilho do sol nos trilhos. A viagem
é confortante com o vento batendo no rosto e um cheiro peculiar da cidade de
Lisboa. A cidade cheira a caramelo e mar. Cheira a flor do campo e fumaça de
carro.Tem cheiro de passado, sem ter cheiro de mofo, tem na verdade cheiro
de perfume de mulher. Lisboa é doce, é suave é bela.
Embarcamos na Praça do Comércio dentro de um dos bondes da
Companhia Carris rumo ao descobrimento dos bairros de uma Lisboa rica
em formas, cores, cheiros e sabores. Nos famosos bairros de Alfama, Baixa,
Chiado, Bairro Alto e Belém vamos descobrir suas peculiaridades, suas
tradições e seus segredos.



Situados na sua maior parte no centro de Lisboa, os bairros históricos são
destino obrigatório para quem vai viajar para a capital de Portugal. Pela cultura,
pela história, pela arquitetura, pelas pessoas ou simplesmente para passear
descontraidamente, é obrigatório descobri-los. Fazendo parte estrutural da
identidade lisboeta, estes bairros proporcionam, a quem os descobre, traçar um
verdadeiro mapa pessoal. As possibilidades são imensas. Não as deixe passar
ao lado.

O Bairro Alto é um dos bairros mais atraentes para viver a cidade. Típico e
popular, o Bairro Alto possui imensos rasgos de modernidade, com lojas de
roupa e de design e bares, muito bares. O encontro de pessoas, num ambiente
eclético e multicultural, é uma das boas razões para passear pelo bairro.
Calcá-lo, descobrir todas as ruas, as ruelas e os becos, é imprescindível.
Bons restaurantes lado a lado com livrarias intimistas, em que sempre
acontecem coisas, casas de chá emparelhadas com lojas de design e lojas
de roupa de alguns dos mais conceituados artistas portugueses. É um bairro
apaixonante, cheio de atrações, combinando arrojo e sofisticação com tradição
e antiguidade.
O Bairro Alto tem uma tradição única na história da noite lisboeta. Sempre
renovado, tornou-se num dos espaços da cidade em que mais bares abundam.
As ruas estreitas enchem-se de pessoas todas as noites, especialmente às
sextas e sábados em que todos aproveitam o fim-de-semana para a máxima
diversão. A quantidade de oferta e a procura muito plural fazem do Bairro Alto
um lugar em que todos os públicos se misturam, desde os mais jovens, de
todos os estilos, até aos mais velhos que procuram um bar calmo com boa
música. Uma das características únicas do Bairro, como é conhecido por quem
mais o freqüenta, é a possibilidade de usar as ruas, aproveitando para conviver
ao ar livre, sempre em boa disposição. Os bairros próximos do Bairro Alto tem
também bastante animação noturna, como a Bica, mais abaixo, e o Príncipe
Real, acima em direção ao Rato.





Depois do Bairro Alto, desça pelo Chiado, onde encontrará um ambiente
ainda mais sofisticado. Tem uma amiga, Mariana Peixoto que diria que o
Chiado é o Grito! Realmente, o que tem de mais moderno, agitado e joven,
se concentra ali. Ponto de encontro de jovens, artistas e intelectuais, o
Chiado é a zona dos cafés emblemáticos, como “A Brasileira”, das escolas de
arte, dos teatros e da história viva. A noite reúne a boemia em volta de café
chiquérrimos, arrojados e só frequentado de gente bonita de toda a parte do

globo. A advogada Lucia Medeiros, de 25 anos todo mês sai da cidade do
Porto, no Norte de Portugal para descobrir o que tem de novo em Lisboa. “Aqui
no Chiado sempre encontro novidades. É um bar novo em cada esquina. A
música te atrai como forma de sedução. Onde tem música boa me dedico e
aproveitar a noite como se aquela fosse a última, diz .

A zona do Carmo, vizinha do Chiado, tem alguns pontos fascinantes da história
da cidade, como o Convento e a Igreja do Carmo, que mantém a elegância e
a imponência. Aí poderá visitar as ruínas, mas também o Museu Arqueológico
do Carmo, que inclui um espólio de peças pré-históricas, romanas, medievais,
manuelinas, renascentistas e barrocas. O Largo do Carmo é também um local
emblemático da história nacional recente, tendo sido palco privilegiado da
revolução dos cravos, em 25 de Abril de 1974. A ligação entre o Carmo e a
Baixa é feita através de outro monumento fundamental da cidade, o irresistível
Elevador de Santa Justa.





No topo deparamo-nos com uma belíssima vista sobre a Baixa Pombalina.
Não perca a oportunidade de descer ou subir por este elevador centenário
que foi concebido por um discípulo de Gustave Eiffel, mantendo por isso um
estilo arquitetônico peculiar. Já na Baixa, por tradição o centro comercial da
cidade, encontrará um forte pólo de concentração de lojas e um local único
para passear. Um acolhimento personalizado torna as compras ainda mais
prazeirosas. A Rua Augusta é a artéria principal da Baixa Pombalina, unindo o
Terreiro do Paço, aberto para o rio e símbolo de poder, à belíssima Praça do
Rossio (D. Pedro V). Acima do Rossio, descubra a Avenida da Liberdade. Um
passeio naquela que já foi, em pleno século XIX, o “Passeio Público” da cidade
e onde as elites se juntavam para caminhar. Hoje, encontram-se na Avenida
as lojas de grandes marcas, onde se realizam as compras mais cosmopolitas e
mais internacionais da cidade.


Nada melhor subir até o bairro Alfama dentro de bonde elétrico. Não é fácil
subir as ladeiras a pé. Deixe esta aventura para os mais jovens. Se você insite
em subir a pé reserve seu cantil com muita água. É tanta ladeira até o Castelo
de São Jorge que de vez em quando esquecemos que estamos na Lisboa
européia e achamos que estamos percorrendo a rua direita de Ouro Preto. Da
Baixa para cima, encontrará ruas típicas, vielas e mirantes extraordinários.





Mal começamos a subir, deparamo-nos com o mais popular dos santos
portugueses, o Santo Antônio, numa pequena estátua restaurada, numa igreja
com o seu nome e no Museu Antoniano. Este santo popular é inspirador pela
apologia ao santo casamenteiro. Logo depois, encontramos a Sé Catedral
(século XIII), um verdadeiro monumento, cuja imponência e austeridade fazem-
nos realmente parar e entrar para sermos surpreendidos. Continuando a subir,
sem medo de nos cansarmos pois as descobertas mantém-nos bem despertos
e desejosos de ver mais, encontraremos os mirantes de Santa Luzia e das
Portas do Sol. Parta enfim para o Castelo de S.Jorge, onde a História da
cidade começou. Este é um dos monumentos mais visitados na cidade, não só
pela sua importância histórica e cultural, mas também pela magnífica vista que
oferece sobre Lisboa. Encontramos casais de namorados, crianças e jovens,
os mais velhos a conviver, famílias inteiras e turistas, num ambiente familiar
que atravessa séculos e séculos de história.

Na Costa do Castelo, encontrará outros mirantes com ambientes especiais,
especialmente o do Chapitô, um espaço único. Escola de Artes Circenses, bar,
café, esplanada e restaurante, conjugados para criar um ambiente excepcional,
diversificado, belo e amplo.








Continuando pela zona ribeirinha, chegará àquele que é o bairro mais
relacionado com os descobrimentos: Belém. Foi da sua praia, que partiram as
naus do navegador Vasco da Gama à descoberta do caminho marítimo para
a Índia e em todo o lado se respira a grandeza do outrora império. Lá está
o Mosteiro dos Jerônimos, mandado construir em 1501 por iniciativa do rei
D.Manuel I e que só cem anos mais tarde viria a estar concluído. Implantado
na grandiosa Praça do Império, o monumento integra elementos arquitetônicos
e decorativos do gótico tardio e do renascimento, constituindo-se como um
dos mais belos e grandiosos monumentos da capital. A estes elementos
arquitetônicos juntaram-se motivos religiosos, naturalistas e náuticos,
fundando-se um edifício considerado a jóia do estilo manuelino, exclusivamente
português. A excelência arquitetônica é evidente, tendo sido reconhecido como
Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO. Hoje, nas alas do antigo
mosteiro, estão instalados o Museu da Marinha, fundamental para conhecer
um pouco da história náutica portuguesa, e o Museu de Arqueologia. A igreja
do mosteiro, a Igreja de Santa Maria de Belém, é um templo magnífico de três
naves sustentadas por elegantes pilares que se articulam com uma abóbada
ogivada, bela e única. A luminosidade, pelos filtros que os vitrais fazem dos
raios solares, é extraordinária, tendo um caráter quase irreal. Os túmulos de
Vasco da Gama e do poeta épico Luís de Camões encontram-se aí. O visitante
sente-se simplesmente ultrapassado pela beleza e grandeza associadas à
história, à fé, mas também pelo conhecimento e determinação que moveu a
cultura portuguesa.

Também em Belém, junto ao rio, encontrará outro maravilhoso monumento do
manuelino, classificado como Patrimônio Mundial pela UNESCO, a Torre de
Belém. A decoração exterior com fachadas que evidenciam influências árabes
e venezianas nos balcões e varandas, contrastando com o interior, bastante
mais austero na sua decoração. Os elementos orgânicos do estilo manuelino
estão aqui amplamente representados, ostentando a Torre de Belém lembra
um animal africano, neste caso um rinoceronte.

Muito mais recente, mas invocando ainda a grandeza da época dos
Descobrimentos, encontra-se em Belém o Padrão dos Descobrimentos.
O monumento, de 1960, celebra o quinto centenário da morte do Infante
D.Henrique, homenageando este impulsionador dos Descobrimentos mas
também os navegadores portugueses mais fundamentais. Belém construiu,
sem dúvida, a sua singularidade como símbolo da “idade de ouro” dos
Descobrimentos. Mas a modernidade e animação cultural estão igualmente
presentes no CCB – Centro Cultural de Belém. Para passear pelos jardins
extensos e de perder de vista, para admirar o rio ou simplesmente para
descontrair-se com um delicioso pastel de nata, Belém é fundamental





Os Pastéis de Belém são, de fato, uma verdadeira preciosidade culinária.
Estes deliciosos doces são considerados os mais autênticos e mais saborosos
pastéis de nata de Portugal. Com uma tradição centenária, a “fábrica” atrai
centenas de visitantes. E não é de estranhar, já que a receita secreta destes
doces de Belém é uma delícia inesquecível. A gastronomia de Lisboa é,
em todos os sentidos, original e bem saborosa. O Bife é um dos pratos
mais procurados, sendo o Bife à Café o mais típico de Lisboa. Em qualquer
restaurante, encontrará pelo menos um prato de Bacalhau, havendo até locais
especializados exclusivamente em receitas deste peixe tão apreciado.

Quando se fala em manifestações culturais, é indispensável falar de Fado. Em
Lisboa, as existem várias casas de Fado, principalmente nos Bairros populares
como Alfama ou Bairro Alto. Desde as mais formais, em que há um arrepio
gerado pela força emocional desta forma de música tão peculiar, até aos mais
informais, em que todos cantam espontaneamente sem ritmo e tom. A emoção
única intensificada pela voz e pela música, conjugando alegria e tristeza
sempre espelhando a vida em toda a sua força e paixão.

Ideal para todas as idades é também o Parque das Nações. Na parte oriental
de Lisboa, onde se realizou a Expo98, encontramos este extenso complexo
cultural, lúdico, residencial e empresarial, que se constitui como um pólo
fundamental da vida da cidade e um exemplo da modernidade integrada.
Um espaço que deixa todos de boca aberta pela harmonia com o rio e pela
diversificada oferta de que dispõe. Para além dos jardins que se multiplicam
ao longo do rio, encontramos infra-estruturas únicas, como o Pavilhão
Atlântico, onde podemos assistir a inúmeros concertos musicais e importantes
provas desportivas internacionais. Desde 19 de Abril de 2006, o Parque das
Nações possui também um atrativo local de animação, o Cassino Lisboa.
Imprescindível é também conhecer o Oceanário de Lisboa..

JUNTO AO RIO, TODA A NOITE

A zona ribeirinha é garantia de animação noturna, tendo alguns pólos
fundamentais para descobrir a noite de Lisboa. A mais conhecida é mesmo
a Av.24 de Julho, assim como a zona de Santos. Aí encontram-se inúmeros
bares e discotecas, estando lá instalados alguns dos estabelecimentos
noturnos mais populares. As Docas, em Alcântara e Santo Amaro, também
encontrará bastante animação, mesmo junto ao rio. Estes espaços, também
com muito movimento durante o dia, oferecem um cenário perfeito para
uma noite bem passada. Na zona de Santa Apolônia, vai descobrir uma das
discotecas mais in da cidade de Lisboa. Além de poder dançar e apreciar um
ambiente único, poderá ainda assistir a concertos ou a apresentações de DJ’s
internacionais. Nesta zona ribeirinha, encontrará também restaurantes de
excelente qualidade. A Lisboa de hoje consegue ser muticultural, multiracial
e multisocial. São várias cidades dentro de uma. Viver hoje em Lisboa é
viver antenado com a Europa em constante ebulição. O velho continente se
moderniza e mostra que é cada dia mais efervecente e jovial.